quinta-feira, 19 de março de 2015

ESTAÇÃO QUE BRILHAVA



Estação  de  trem
Estação  de  meus  dias
Estação  que  se  foi...
Partiu,  nos  trilhos  vazios  da  saudade
Saudades  das  manhãs  claras  de  verão
Dos  dias  cinzas  de  inverno  vividos  na  Estação
Tu  Estação,  sempre  lá  estavas 
Tuas  paredes,  teu  teto  a  nos  abrigar
Ao  chamado  do  teu  sino
O  repicar  do  sino  da  Estação...
Alvoroço  na  plataforma
De  longe,  o  apito  do  trem
Novo  alvoroço  na  plataforma
O  trem  que  partia  era  o  mesmo  que  chegava
Mas  tu  Estação,  ali  ficavas
Estação  dos  meus  olhos
Estação  que  brilhava...
Era  o  andar  doce  e  fagueiro  da  morena
Que  com  brilho  no  olhar  caminhava
Hoje  resta  a  solidão  vazia  do  lugar
Mas,  o  teu  brilho
O  doce  negro  brilho  do  olhar...
Ainda  se  encontra  lá
Estação  dos  meus  dias,
Estação  da  Escada



Ant. Pernambuco

SET  2012

3 comentários:

  1. Que maravilha de poesia. Boas lembranças da velha estação de Escada.

    ResponderExcluir
  2. Saudosas lembranças que trazem consigo uma história que não presenciei.

    ResponderExcluir
  3. Perfeita descrição da magia de um tempo marcado na lembrança, onde, infelizmente, hoje da estação só existe ruínas. Linda poesia, meu nobre poeta. :)

    ResponderExcluir