quinta-feira, 11 de setembro de 2014

VIRTUOSIDADES DO AMIGO ADRIANO


Escritor,  poeta  e  amante
Apreciador  de  iguarias
Também  um  grande  cozinheiro
Prepara  qualquer  tipo  de  prato  francês
Chantê,  Derriêr  e  o  Boucur
Na  salada  um  assombro
Tomate,  alface,  acelga  e  cheiro  verde
Abacate,  manga  e  abacaxi
Melão,  uva  e  oiti
Pratos  requintados
Cheirosos  como  nunca  vi
Frutos  do  mar
Com  o  seus  preparos
Se  tornam  poemas...
Delicados  encontros  de  enamorados...
Tudo  que  faz  é  perfeito
Sempre  no  imperativo
Nas  letras  e  na  cozinha
Nada  escapa  ao  belo
Tudo  é  saboroso
Do  exótico  ao  singelo
O  que  Adriano  faz...
Sempre  queremos  mais



Ant.  Andrade

JUN,  2014

A ARTE



A  arte  engoliu  seu  criador
Tornou-se  gigante
Impiedosamente  bela
Exuberante
Maquiavélica
Traiçoeira  e  venenosa  
Não  se  escravize  dela



Ant.  Andrade
AGO,  2014

VOLTAR PRA CASA


Aos  amigos  que  encontrei
Aos  amigos  que  não  fiz
A  todos  que  conheci  e  amei
Os  que  não  amei
Me  perdoem
Aceitem  meu  abraço
E  voltem  sempre  par  casa
Assim,  feito  querubins
Voltem...
Como  eu  sempre  faço


Ant.  Andrade
AGO,  2014

MINHAS JANELAS


Nas  janelas  do  meu  coração
Se  mostram  os  verdadeiros  tesouros
Que  a  vida  nos  revela
Estampados  um  a  um
Em  nossas  janelas...
Uma  esperança
Uma  lembrança
Amigos  de  infância
Que  desejo  abraçar
São  janelas  que  eu  guardo...
Janelas...
Que  não  quero  fechar


Ant.  Andrade
MAI,  2014

CAITANA PERNAMBUCANA


Caitana  é  o  nome  dela
Que  Ariano  batizou
Ela  é  a  morte  em  pessoa
De  João  Pessoa
Das  Carpinas
Sejam  grandes
Ou  pequeninas
Ela  vem
E  como  ave  de  rapina
Desaparece...
Sempre  carregando  alguém


Compadre  Bento
Cadê  Ariano?
Menino...!
Ninguém  te  contou?
Foi  Caitana
Veio  aqui
E  o  levou



Ant.  Andrade
AGO,  2014

OS TRÊS ROSÁRIOS


Vocês,  contas  do  meu  rosário...
São  meus  rosários  de  motivos
Que  só  me  faz  bem
Vocês  são  rosas
Flores  em  meu  diário
Rosas  de  um  rosário
Que  aumentam  o  meu  gostar...
Rosário  que  não  se  desfaz
É  Rosário  Vaz
O  que  se  faz 
Em  cada  conta  fervorosa
É  Rosário  Barbosa
E das  três 
Existe  o  rosário 
Em  que  se  fecha
Rosário  que  dá  nó
Me  abraça  e  arrocha
É  Rosário  Rocha
Rosário  de  um  diário
Que  não  sei  terminar
E  nesse  poema  sem  fim
Me  entrego...
Nos  abraços  de  um  abraço
Onde  mato  meu  cansaço
Com  quem  só  tem
Amor  pra  dar



Ant.  Andrade
MAR,  2014

GENTE DA GENTE


Tenho  um  orgulho  danado
De  ser  Pernambuco
Poeta  e  Escadense
Ser  gente  da  gente
Que  tropeça,  cai
E  segue  em  frente


Meu  tesouro  é  você
É  João,  é  Maria
O  varredor,  o  doutor
O  que  enxerga 
E  o  que  não  vê 
O  mudo  e  o  falador


É  gente  igual  a  gente
O  que  tem  cachola
E  o  que  não  tem
Gente  que  sofre
Ri  e  chora
Quebra  a  cara
Junta  os  cacos ...
Se  desempena
Se  apruma 
E  toma  rumo
É  gente  que  segue...
É  gente  do  meu  Pernambuco
É  gente  da  gente



Ant.  Andrade
JUL,  2014