Os atletas
saem do Pritaneu
Vão em
procissão até o
estádio
Debaixo de
aclamações entusiastas
Eles entram
como que por
encanto
E levados
pela emoção
Percebem que
não são mas
eles
Cada um
agora é esperança
de vitória
Cada um agora ...
Carrega uma
cidade inteira no
peito
O estádio
ecoa numa explosão
De gritos
e alegria
Silêncio ... !
Exclama um alipta de
voz forte
Uma urna
de prata é
estendida aos atletas
Cada um
tira uma ficha
de madeira
A sorte
determina a ordem
de largada
Os primeiros
tomam posição na
linha de partida
Até formarem
todos os concorrentes
da prova
Os músculos
na maior tenção
O sangue
batendo nas têmporas
Os dedos dos pés
crispados
Nas ranhuras
de tijolos
Um som
de trombeta ecoam
estridente
Largam mais
ágeis do que
Hermes
A multidão
fanática encoraja seu
favorito
Brados e
urros ecoam no ar
E sobram
apupos aos retardatários
Corridas simples,
de dupla
Sêxtupla, armada
Seguem ao
longo do dia ...
Cleófadres o
ceramista
Nas suas figuras
vermelhas em fundo
negro
Exalta as
provas olímpicas
O pentatlo,
é onde os
atletas põe em
prova
Sua total
capacidade
Corrida, salto,
luta, arremesso de
dardo e disco
No segundo
dia prosseguem os
jogos
Vez do
pugilato
Os adversários
se apresentam
Trazem a
cabeça coberta
Por uma
calota de bronze
E têm
os punhos envoltos
Com tira
de couros e
relevos em metal
Outra modalidade
é a luta
de mão aberta
E o
Pancrácio, onde todos
os golpes são permitidos
Nos intervalos das
provas
Leituras publicas
Conferências e
exposições
A história
das cidades são
recontadas
Suas memórias
e tradições
A cultura
tem vez e
voz no espaço
olímpico
Exposições de
pinturas, quadros e
cerâmicas
Contam as
histórias dos deuses
e dos jogos
Atraem igualmente
os curiosos e
entendidos
No penúltimo
dia
Troca-se o estádio
pelo hipódromo
São duas
pistas de areia
Mas emoção
estar por vir
Os carros
de quatro ou
de dois cavalos
Vão repetir
a corrida de
Enomeu e Pélops
Ressoa a
trombeta de bronze
Condutores espicaçam
A fremente
garupa dos cavalos
Os carros
partem com raios
O entusiasmo
é enorme
Flocos de
espuma esvoaçam à
volta do freio
Dos cascos
rápidos levantam-se nuvens
de poeira
Na ultima
curva todos prendem
o fôlego
E pedem
ao demônio Taraxipos
Que ali
se esconde malignamente
Que poupe
o seu carro
Para que
a vitória possa
lhe sorrir
A. S. Andrade
JUL, 2016
👏👏👏👏👏
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