No meu
tempo
Não se
via nos estádios
Tanta imoralidade
e venalidade
Como se
vê agora
Resmunga um
velho Espartano
Participante dos antigos
jogos
Os atletas
se tornaram ídolos
Adulados e
cobertos de honrarias
Comprados a
peso de ouro
Perdem o
gosto pelo esforço
E querem
vencer sem brio
Triunfam sem
glória
Diante do
grande templo de
Zeus
Contemplam a
floresta de ex-votos
Oferecidos pelos
olímpicos
Seus ilustres
precedentes
Chegará para
eles o momento
de encomendar
A um
artista famoso uma
estátua sua
Um grupo
de deuses conversando
com poetas
Magnificamente executado
pelo escultor Dionísio
de Argos
Em bronze
e mármore brilhante
Ali está o último
vestígio do palácio
No qual
Enomeu recebeu Pélops
Que iria
lança-lo no reino
de Hades
Um pouco
mais ao longe
Um magnífico
touro em bronze
Obra do
talentoso Filésio
Colocado lado
a lado com
olímpicos do passado
Dorieus de
Rodes e o
seu pai Diágoras
O Ateniense
Cálias e o
pugilista Eutimos de
Locres
Surgem piadas
de um grupo
De alegres
peregrinos da Ática
Que são
asperamente repreendidas
Pelo velho
e famoso olímpico
Espartano
Vencedor da
corrida armada
Há doze
anos
Assim como
se forma o
mau atleta
Que recorre
a manobras desleais
Para fazer
cair seu rival
Também se
formam os bons
Que buscam
com galhardia e
honradez
O verdadeiro
louro da vitória
Olímpica
A. S. Andrade
JUL, 2016
👏👏👏👏👏👏👏
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